Contou-nos um griot um dia,
griot que fora criado e passou a contador,
que na sua terra a gente orientava a vida polo sol, a lua e as estrelas.
“Polo vento também”, dizia o griot; e polos cantos dos grilos e luzes noturnas nos caminhos:
“Vagalumes seriam!”, dixo o suspiro dum meu amigo.
Respondeu o griot: “lembrei agora a história da cobra e o pirilampo brilhante;
Yi NYOKA NI DYI BIMBI-NDYILO SHA KU PHATIMA!
Uma cobra que não suportava o brilho dum luzecu…!”
“Como a gente é…!”, voltou o meu amigo.
“Inveja…!
“É que está esquecida de histórias; sabe tudo mas nada apreende; não é, griot?”
“E será”, partilhou o griot; “mas lá pr’a nós não é inveja mas ignorância”.
“E como assim, griot?”
“Pensou ela que chegava com orientar a sua vida polo sol, a lua e as estrelas; e polo vento, e polos grilos; e esqueceu os pirilampos”:
“Griot, e não chega com tantos e tão bons!?”
“chega, chega, quase sempre chega; tanto que esqueces encontrar o caminho”.
“Entendim!”